Trabalhamos para que crentes possam pensar e céticos possam acreditar. A fé em Deus é uma postura razoável e, por isso, quanto mais pensarmos, mais crentes seremos. Defendemos a liberdade como uma dávida, pois o cristianismo combina com pessoas livres. A Bíblia Sagrada como a palavra de Deus revelada é o nosso parâmetro de fé e crença.
A igreja da universidade de Asbury, sem dúvida, nos proporcionou um raro fato que correu o mundo inteiro. O que aconteceu lá, além de um culto incomum com mais de 300 horas de duração? Crentes de todas as partes dos Estados Unidos e do mundo, correram para Asbury para testemunhar o que estava acontecendo lá. Assim, mais de 50.000 pessoas foram à pequena cidade de apenas 6.000 habitantes. https://pt.wikipedia.org/wiki/Avivamento_de_Asbury
No mundo secularizado de hoje, novos fatos religiosos tornam-se cada vez mais raros. Antes de entrar no mérito se o que aconteceu lá foi um avivamento falso ou verdadeiro, o fato é que muitas pessoas se depararam com a real possibilidade de um despertamento religioso. Infelizmente, muitos líderes religiosos foram ávidos em dizer que o que aconteceu em Asbury foi um falso reavivamento. Esquecem do comando do Mestre, “Não julguem, para que vocês não sejam julgados“. https://www.bibliaon.com/versiculo/mateus_7_1-5/
Não podemos esquecer que na mesma bíblia sagrada, Jesus Cristo disse que onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome, Ele estaria no meio deles. A verdade é que o que aconteceu em Asbury proporcionou que muitas pessoas, a partir de agora, possam acreditar ser possível um grande reavivamento espiritual, essa talvez seja a maior contribuição daqueles jovens e isso não pode esfriar.
Alguns críticos contumazes, fariseus modernos, adoram aplicar a advertência de Jesus sobre “falsos profetas” para os outros, esquecendo de si próprios. Cabe ressaltar que se é verdade que os critérios bíblicos devem estar presentes, também é verdade que o primeiro passo de qualquer conversão é o encontro com o Mestre, o contato sincero com Ele fará o ajuste de rota.
O que vimos em Asbury foi um grande movimento de jovens dos mais diversos lugares dos Estados Unidos e até do mundo. Não pretendemos entrar no mérito das práticas religiosas, e nem podemos dizer que não foi genuíno. Apenas afirmamos que o que ocorreu em Asbury prova a grande carência de um movimento intenso, forte e coeso, que levante o nome de Deus em meio a mundo cada vez mais hostil. A questão é que não parece que tenha sido intenção dos membros de Asbury proporcionar algo diferente do que ocorreu. O mais provável é que tenha sido algo inesperado surgido diante de determinadas circunstâncias.
O AVIVAMENTO quer dizer mais vida, ou seja, vida nova em Jesus Cristo. Entretanto, não há como viver um reavivamento, sem uma entrega incondicional e sem um verdadeiro arrependimento.
Não será necessário viajar milhares de quilômetros, bastará priorizarmos a relação com Deus em nossas próprias casas e Igrejas. Hoje, o verdadeiro REAVIVAMENTO poderá surgir da pregação da volta de Jesus Cristo, talvez isso tenha faltado em Asbury. Quando isso ocorrer, teremos o maior reavivamento de todos os tempos. Esperamos que ocorra em breve.
Muitos milagres de Jesus Cristo foram presenciados por fariseus e escribas, mesmo assim, eles não abriam nenhuma possibilidade dele ser o messias. É claro que preferiam não acreditar, mas, como eles presenciavam tudo com seus próprios olhos, atribuíram tudo o que viam a Belzebu, tido como maioral dos demônios https://www.bibliaon.com/versiculo/lucas_11_15/. Ora, Jesus não poderia mesmo ser reconhecido como Cristo, pois Ele não era um dos líderes religiosos oficiais do seu tempo.
No entanto, eles deram uma oportunidade para que Jesus pudesse revelar-se, então pediram um sinal do céu. A resposta de Jesus foi de que nenhum sinal lhes seria dado a não ser o mesmo sinal de Jonas, que apenas levou a palavra de Deus. https://www.biblegateway.com/passage/?search=Jonas%203&version=ARC. Pedir um sinal para Jesus é muito diferente de pedir um milagre, pois o sinal pode servir apenas para a nossa arrogância, já o pedido de um milagre é acompanhado de fé e humildade.
Jesus também recebeu o pedido de um sinal pela multidão, queriam que Ele descesse da cruz, somente assim o reconheceriam como o salvador (Mateus 27;39). Pediam que salvasse a si mesmo. “Se és mesmo o filho de Deus, desce da cruz que creremos em ti”. Porém, Jesus suportou os escarnecedores e nada fez em seu próprio favor.
Muitos hoje continuam pedindo um sinal para Jesus, pois só assim o reconhecerão como Salvador. Outros, ao verem o que Ele já fez, continuam atribuindo as bênçãos ao acaso, à própria sorte, ou aos seus méritos pessoais. Quando precisamos de um sinal para tomarmos uma decisão, com muita humildade, podemos pedir um sinal sobre qual o caminho será mais acertado. Mas muito cuidado, pois, alguns pedem a Deus para escolher entre alternativas, só que pode acontecer de nenhuma delas ser o plano de Deus para nossas vidas. Daí estaremos limitando e, talvez, inviabilizando o poder divino em nossas vidas. Devemos aprender a crer em Jesus e simplesmente caminhar com Ele. Quando fizermos isso, nos surpreenderemos com o que Ele pode fazer em nosso favor.
Será que em algum momento da história, o cristianismo terá novamente a força vivida no pentecostes? Será que teremos novamente o poder de cristãos que se entregaram aos leões, mas não cederam aos romanos?
Um despertar religioso seria mesmo estrondosamente impactante neste momento da história. Aquilo que, em condições normais, poderia levar muito mais tempo, seria acelerado. Quando os crentes perceberem que as estruturas da fé foram silenciosamente minadas, que não falta mais nada acontecer, poderá haver o estopim.
Presentes todos os fatores do tempo do fim previstos pela Bíblia Sagrada, ninguém precisa ter dúvida, o reavivamento religioso será acompanhado de uma intolerância religiosa mais ostensiva. Por isso, quando os cristãos acordarem, poderemos ter um movimento de oposição como nunca antes visto.
No entanto, falar em perseguição religiosa, pode ser contraditório, ainda mais num momento em que existe todo um discurso contra qualquer discriminação. Contudo, um olhar atento fará perceber, até com relativa facilidade, que não existe nenhuma empolgação na defesa da não-discriminação religiosa. Hoje, a liberdade para que as pessoas possam expor as suas ideias, já é muito menor do que no passado recente. E essa será a maior surpresa para os cristãos, pois o seu inimigo é muito ardiloso.
Ao longo da história do protestantismo foram notados alguns períodos de despertamento religioso. O primeiro grande reavivamento, foi protagonizado por Jonathan Edwards (1703-1758) e George Whitefield. Este último, amigo de John Wesley, saiu da Europa para pregar nos Estados Unidos. A história registra que em 1738 ocorreram dias de um grande despertamento religioso.
O segundo grande despertar, foi um movimento iniciado por William Miller, que acreditava que Jesus Cristo voltaria em 1844. Obviamente, hoje sabemos que Jesus não voltou, mas toda a América do Norte foi grandemente impactada pelo reavivamento religioso.
Segundo Richard Schwarz, a marca daquele grupo foi um ministério leigo, sem o pertencimento a nenhuma igreja dentre as existentes. Cada crente passou a estabelecer uma conexão pessoal com Deus, focando apenas na volta de Jesus. Isso também vale para o primeiro reavivamento, que era leigo e não pertencente a nenhuma denominação religiosa.
Assim, ao analisarmos os últimos dois grandes reavivamentos espirituais, podemos conjecturar, respaldados pela história, que um despertar religioso encontra natural oposição no seio da própria comunidade cristã. Mas, algumas pessoas precisaram tomar a frente, pois disso resultou um grande impacto em todo o meio evangélico-protestante.
O Terceiro e Último Reavivamento
O Instituto Pew Research, em uma pesquisa sobre a fé na segunda vinda de Cristo, constatou que mais de 80% dos norte-americanos não acreditam que Jesus Cristo retornará à Terra até o ano de 2050. https://www.pewresearch.org/fact-tank/2010/07/14/jesus-christs-return-to-earth/ No Brasil, apesar de não termos a mesma pesquisa, acreditamos que o resultado não seria diferente.
Entretanto, no Terceiro e Último Grande Despertar Religioso, o ponto de coesão não parece que será qualquer fato político ou da natureza, mas sim, a fé de estar-se vivendo os acontecimentos finais.
Isso é o que dará coesão ao grupo que se levantará. No entanto, a dificuldade será saber quando um fato de grande repercussão não está no curso normal das coisas, mas sim, no contexto do fim propriamente dito. Porém, aqueles que estiverem conectados e vigilantes, saberão.
Neste mundo já tivemos pestes e pandemias que devastaram a população do planeta. Já foram verificadas manifestações da natureza como terremotos e tsunamis de proporções assombrosas. O homem viu eclodir guerras mundiais, e até mesmo campos de extermínio já foram instalados neste triste mundo. A moral da sociedade mudou de forma radical, em especial, após a revolução sexual de Woodstock. A ciência alcançou patamares inimagináveis, o homem chegou à Lua, e radares já esquadrinharam o Universo em distâncias de milhões de anos-luz. No entanto, aparentemente, todos aqueles eventos possuíam um potencial apocalíptico, mas nenhum deles foi capaz de provocar qualquer despertamento dos cristãos.
Mas, se tudo que a humanidade já viu acontecer não foi suficiente para um despertar, pode parecer que nada levará os cristãos à conclusão de que é chegada a hora. Contudo, a grande surpresa ficará por conta de que o último grupo de cristãos resgatará a ênfase na pregação da volta de Jesus Cristo, ainda que sofram intensa pressão para pararem de pregar.
Porém, nada acontecerá até que o evangelho rompa a barreia da racionalidade. Parece que será necessário viver o escândalo da loucura descrito na bíblia. No limiar dos últimos acontecimentos, não haverá outro caminho, senão deixar o nosso natural racionalismo de lado. Mais do que nunca, precisamos de um movimento fervoroso, ou melhor, irritantemente fervoroso e coeso. Por isso, as estruturas do inferno serão abaladas.
A certeza de estarmos nos últimos dias deste mundo, dará força e significado a esse grupo que fará sua voz ser ouvida. A partir do século XXI ninguém mais precisa de diagnósticos, hoje o que o mundo cristão precisa é de cura, por isso, não precisamos de novos movimentos religiosos, além daqueles que já temos.
A verdade é que não estaremos nos eventos finais, enquanto a pregação da volta de Jesus não volte a ocupar o centro do cristianismo. No entanto, precisamos de um reavivamento ainda maior do que o visto nos anteriores despertamentos. Por isso, os religiosos agora devem estar preparados para este cenário de guerra que está posto, e nisso todos os crentes devem encontrar e fortalecer sua fé.
Os cristãos que acreditam que estamos nos últimos tempos, precisam unir-se nesta pregação. Ainda que isso possa parecer estranho, pois a marca do protestantismo sempre foi a desunião, mas Cristo pode ter reservado alguma união para o tempo do fim. Oremos.
Texto extraído do livro Olhai a Figueira – Um Panorama do Mundo Atual de Alexsandro Leopoldo
É claro que os cientistas possuem sua atividade alheia a qualquer discussão religiosa, e realmente, ciência e religião devem correr seus próprios caminhos. O problema é que muitos pretendem um embasamento para a sua descrença, por isso, usam a ciência para alegar que Deus não existe.
O grande avanço científico que vivenciamos hoje foi profetizado pela bíblia cerca de dois milênios e meio antes. Com uma precisão incrível, a Bíblia Sagrada descreveu o avanço geométrico da ciência no futuro. “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”.
Quando olhamos na história podemos perceber que a ciência teve um crescimento desproporcional nos últimos cento e cinquenta anos. Entretanto, é curioso que a bíblia não foi omissa quanto ao desenvolvimento científico, pois ela previu no futuro um grande desenvolvimento do saber humano.
A profecia não deixa de apresentar um grande paradoxo, pois o conhecimento científico faz com que o homem viva mais e com melhores condições de vida. No entanto, ainda assim, está associada ao tempo do fim. A verdade é que Deus nunca foi contra o desenvolvimento humano, apenas Ele sabia que a utilização das riquezas naturais do planeta de maneira egoísta, faria com que logo elas se esgotassem, causando uma irreversível degradação. Talvez, por isso, alertou que quando a ciência estivesse tremendamente desenvolvida, então viria o fim.
Agora, o mesmo livro que afirma a “fábula” de que Deus criou o mundo, possui, no mínimo, dois pontos de convergência com a ciência. O primeiro é que a bíblia dois milênios e meio antes previu um grande desenvolvimento científico no futuro. O segundo aspecto, é que aquele final dos tempos previsto pela bíblia, também passou a ser efusivamente pregado pela ciência, ainda que como um alerta para uma mudança de comportamento.
Em 2006, Al Gore, através do documentário “Uma verdade inconveniente”, com o apoio de toda a comunidade científica, evidenciou a preocupação com o futuro do planeta diante das mudanças climáticas. O ex-vice-presidente dos Estados Unidos pregou que a temperatura do planeta terra estava aumentando em decorrência do aquecimento global e do efeito estufa. Por causa disso, sofreríamos grandes danos ambientais, como o derretimento das geleiras e diversas calamidades climáticas ao redor do planeta.
Ainda que o norte do trabalho de Gore fosse eminentemente científico, é inegável o tom apocalíptico das predições do ambientalista. E, de fato, as previsões feitas quase duas décadas atrás, cumpriram-se de maneira assombrosamente acertadas. A ciência tem diagnósticos precisos de que a degradação do planeta ocorre diretamente por causa da ação do homem. É claro que não é a ciência que está causando a degradação ambiental, mas sim o uso egoísta dos recursos naturais.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, realizada em Glasgow, na Escócia, foi divulgado um relatório que prevê eventos traumáticos de extinção em massa, temperaturas cada vez mais altas, o aumento de surtos de doenças, o aumento do nível do mar e, por fim, o colapso total de diversos ecossistemas já nas próximas décadas. “A vida na Terra pode se recuperar de uma mudança drástica no clima, evoluindo para novas espécies e criando novos ecossistemas. Os humanos não podem.”, diz o documento.
Só que agora, a questão se coloca no sentido de que estamos vivendo um período apocalíptico, seja com base na bíblia ou na ciência. Por isso, ao confrontarmos o mundo ao nosso redor e o que foi escrito pela bíblia, passa a ser inegável que algo surpreendente pode acontecer, acreditamos que será a prometida volta de Jesus a este planeta.
Em 1947, em meio a uma corrida armamentista nuclear, foi criado por alguns cientistas o Doomsday Clock, o “relógio do fim do mundo”. A ideia era reforçar o quão perigoso para a humanidade pode ser uma guerra nuclear. Assim, os ponteiros do relógio movimentam-se de acordo com a conjuntura política mundial e a possibilidade de uma catástrofe nuclear.
A última movimentação dos ponteiros do relógio, que atualmente se encontra na Universidade de Chicago, ocorreu em 23 de janeiro de 2020, marcando que apenas 1 minuto e 40 segundos separam a raça humana da meia-noite.
É triste constatar que o ser humano tem investido bilhões de dólares em campanhas armamentistas, sendo que a quantidade de bombas nucleares nas mãos dos Estados Unidos e da Rússia é suficiente para várias vezes extinguir a vida no planeta Terra.
Agora, com a deterioração das relações entre os americanos e os russos, que juntos possuem 90% do arsenal nuclear do mundo, a humanidade passa a ter reais motivos para se preocupar.
Porém, a menos que Deus não exista ou que a bíblia não seja verdadeiramente a sua palavra, o mundo não será desolado por uma catástrofe nuclear, nem acidental e nem tampouco provocada. Ainda que algum líder mundial acione as bombas nucleares para acabar com a vida no planeta, elas simplesmente não detonarão.
Como podemos afirmar isso? Simples, é que o apocalipse diz que o fim se dará pela intervenção direta de Deus, que foi quem criou o mundo, tendo como evento final a volta de Jesus Cristo a este planeta.
O fato novo é que agora quem alerta que o mundo está em perigo são os cientistas. O que temos não é nada mais do que a ação egoísta do homem e a sua separação do Criador. O resultado disso tem sido um mundo no caminho da sua própria destruição. A humanidade tem mesmo tomado rumos muito perigosos.
Infelizmente, a rota seguida até aqui não parece ter mais volta, por isso, daqui a menos de um minuto e quarenta segundos, Jesus Cristo irá retornar a este planeta. A intervenção predita na bíblia ocorrerá para que a justiça e a paz sejam verdadeiramente restauradas neste planeta.
Milhões de pessoas já saíram de suas casas e foram até uma sala de cinema para assistir o mundo acabar. São incontáveis os filmes que abordaram o tema do fim do mundo. Invariavelmente, algo extraordinário e imprevisível massacra a humanidade. O mundo já acabou das formas mais inusitadas. Um asteroide que se choca com o planeta, um vírus invencível, terremotos, extraterrestres com os seus discos voadores, ataque de zumbis, enfim, tudo o que a imaginação humana pode alcançar.
Quase sempre há um estado de pânico geral até ocorrer a destruição do planeta. Já são incontáveis as vezes nas quais o planeta padeceu nas mãos de Hollywood. Mas, neste aspecto, sequer podemos culpar a indústria do cinema, pois o fim do mundo é um dos temas que mais instiga a humanidade. Então, o cinema apenas está reproduzindo o que os espectadores querem assistir. É que, realmente, nenhum tema é tão instigante quanto o fim do mundo.
Alguns filmes remetem diretamente ao apocalipse, mas nunca são autênticos ao que está escrito na bíblia. Reproduzir o que está na bíblia não pode, porque daí já seria pregação. Entretanto, se existe algo em comum entre o apocalipse bíblico e o cinema, é que o mundo acaba através de um evento inusitado que pega a todos de surpresa.
Porém, nada que a ficção seja capaz de produzir se compara ao que está relatado nas páginas da bíblia. Nenhuma ficção científica que venha a virar filme, nunca será tão incrível quanto o apocalipse da bíblia. Mas, então por que não pegam o que está na bíblia e não transformam em um autêntico filme? A resposta parece óbvia. É que vivemos em um mundo dominado pela mentira e pelo engano.
Agora, um paralelo entre a realidade e a ficção, está no fato de que a realidade supera a ficção. Imaginemos um filme no qual um grupo de terroristas planejassem um ataque contra os Estados Unidos da América. Daí, eles vão estudar naquele país, e lá até mesmo aprendem a pilotar avião. Então, um dia sequestram aviões cheios de passageiros para utilizá-los como mísseis. Não bastasse tudo isso, acertam o alvo de uma maneira tão efetiva, que as duas torres mais emblemáticas do mundo, caem sob o olhar de milhões de pessoas.
Caso aquele filme houvesse estrelado antes de 2001, muitos diriam que Hollywood exagerara na ficção. É que o mundo ainda não está preparado para o que em breve irá acontecer. Na verdade, parece que, infelizmente, nunca estará preparado. Por isso, nenhum filme poderá retratar o que realmente acontecerá quando o apocalipse bíblico acontecer.
João em Patmos
Entretanto, pode ser extremamente fácil perceber que nenhuma mente humana teria sido capaz de projetar dois mil anos atrás, o enredo do apocalipse bíblico. É claro que isso intriga até mesmo os mais incrédulos. O apóstolo João, isolado na ilha grega de Patmos, com certeza não teria condições intelectuais de criar todo o apocalipse como fruto de sua imaginação. Infelizmente, não percebemos a verdade porque a vaidade humana impede, quando ela cair, tudo parecerá óbvio!
O incrível é que o roteiro deste filme já foi escrito, e todo ele está registrado nas páginas da bíblia. Daremos um spoiler para dizer que o final é feliz. Tudo termina com a volta de Jesus Cristo vencendo o mal e salvando a todos os seus filhos que haviam sido sequestrados pelo inimigo.
Fiquei profundamente marcado por uma palestra proferida há alguns anos pelo Dr. Ivan Izquierdo.Alguém perguntou ao professor, ele que era doutor em memória, por que os velhos lembram com mais nitidez dos acontecimentos remotos e esquecem os recentes. Ou seja, por que esquecem onde colocaram as chaves, mas lembram de algo ocorrido na infância cinquenta anos atrás.
O professor disse que a ciência não tem explicação para isso, mas arriscou numa suposição: “as pessoas recordam com mais pormenores do tempo em que foram mais felizes”.
Na medida em que vamos passando por aqui, vamos acumulando perdas, quanto mais velho, maiores são as perdas do caminho. Sentimos a perda das pessoas que se foram, sentimos até mesmo pelos animais que não estão mais por aqui. Parece mesmo fazer sentido que as perdas vão fazendo com que até mesmo a nossa memória acabe abalada.
Têm muitos que não conseguem ser felizes porque não conseguem conviver com as perdas do caminho. Só que não podemos esquecer que o nosso desafio é o de Deus também. Jesus Cristo foi sincero e disse que teríamos dificuldades por aqui. Entretanto, Ele prometeu um novo mundo onde a morte e a dor não mais existirão, pois o ser humano será eterno.
Coloque a Cristo em primeiro lugar na sua vida, e não esqueça que nada foge aos desígnios divinos. Jesus Cristo promete uma vida onde não existirão mais as perdas do caminho. Essa esperança poderá fazer a diferença em nossas vidas.
Muitos procuram adequar Jesus Cristo às suas próprias opiniões. Por isso, aqueles que são partidários da esquerda veem Cristo como um revolucionário comunista. Já, os que são da direita, enxergam Cristo como um audacioso empreendedor na área da religião.
O conceito de direita e de esquerda, tal como conhecemos hoje, teve início na revolução francesa. Então, durante os preparativos para a nova Constituição da República, os que queriam uma ruptura total, sentavam-se à esquerda. Por outro lado, aqueles que procuravam manter uma postura conservadora, sentavam-se à direita.
Uma ótima definição de direita e esquerda é dado por Norberto Bobbio. Para o grande jurista italiano, os dois lados buscam melhorias na sociedade. Mas, a esquerda foca em promover a justiça social, enquanto a direita, por sua vez, trabalha mais pela liberdade individual.
Porém, Jesus Cristo está acima das posições políticas terrenas. Ele quer salvar a todos os seres humanos. É evidente que Ele não concorda com a desigualdade social deste planeta. Isso é sintetizado no comando: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.https://www.bibliaon.com/versiculo/mateus_22_37-39/ Nem mesmo, Marx, Engels, Che Guevara ou nenhum outro comunista, jamais poderiam sintetizar melhor o que é justiça social.
Entretanto, Jesus Cristo também presava pela liberdade. Ele defendia que as pessoas livremente aderissem as suas ideias. Por isso, disse que quem conhecesse a verdade, seria verdadeiramente livre. Porém, lamentavelmente, em muitos países ainda não existe liberdade religiosa. Nos países comunistas, o Estado se transformou em inimigo da religião. Em outros tantos lugares, uma única religião oficial tornou-se o único caminho a ser seguido.
Existem ainda muitos que defendem que a razoabilidade está no centro. Essa posição, não raro é defendida com o mesmo radicalismo daqueles que se colocam à direita ou à esquerda. A questão é que Cristo deixou bem claro sua opção em separar as coisas divinas das terrenas. Por isso, Ele expressamente mandou dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Precisamos parar de tentar moldar Deus e Jesus Cristo às questões humanas. Cristo fez muitos milagres, mas o maior milagre de todos foi a conversão do ser humano. Através de Jesus Cristo, muitas pessoas transformam-se em novas criaturas. Quando alguém aceita a Jesus Cristo, é então que se torna verdadeiramente livre. Se hoje temos no ocidente razoável grau de liberdade, é porque o cristianismo traz em sua essência um homem livre.
Ir a igreja já foi o melhor entretenimento do ser humano. Era o momento máximo da semana. Colocar a melhor roupa, rever os amigos, ouvir palavras de fé e esperança. O homem até o século passado tinha uma vida bastante previsível, pois a maior parte de sua existência ocorria em um raio de 16 km². Mas, ir até a igreja era mesmo o melhor momento de toda a semana.
Quem pensa que a igreja é apenas um lugar de adoração, certamente não conseguiu perceber os benefícios ao adorador. Só que desde a chegada da tecnologia, o espaço físico e espiritual da igreja, perdeu sentido, acabando por perder a graça.
Acontece que hoje, o que traz prazer é exatamente aquilo que é feito sem obrigação. A igreja deixou de ser prazerosa, porque passou a ser inserida dentro daquilo que é visto apenas como um ônus. Nem é preciso dizer que vivemos dias que caminham para uma secularização sem precedentes.
Mas a onda não se restringe a igreja. Até mesmo o trabalho também deixou de ser prazeroso. Na maior parte dos casos, trabalhar também se tornou algo visto como muito maçante, mesmo quando em condições adequadas. Por isso, o homem não possui mais prazer em trabalhar, e apenas o entretenimento pode dar-lhe prazer.
O entretenimento passou a decorrer unicamente da ausência de pensamento. Apenas iremos relaxar e aproveitar, quando não estamos pensando em absolutamente nada. O problema é que, se não pensamos enquanto nos “divertimos”, alguém esteve pensando cada conceito que será transmitido. No entanto, infelizmente, o que é repassado enquanto nos “divertimos” não se assemelha ao que era transmitido pelas igrejas em seus cultos.
Os valores transmitidos hoje não levam mais o ser humano ao altruísmo, ao amor ao próximo ou à obediência a um Ser Superior que, por ser bondoso, sempre desejará o melhor para o homem por Ele criado.
Para a diversão tudo é possível, se tiver que blasfermar, vai valer a pena! Se for necessário ofender, por que não? Se for necessário desconstruir uma imagem, que assim seja! O que importa é que a maioria veja nisso graça.
O problema é que antes do cristianismo, as pessoas viam graça em “sessões” onde seus semelhantes eram devorados aos pedaços por leões. Então, hoje você se pergunta – onde estaria a graça nisso? A resposta é bem simples: na ausência de pensamento.
Diante das distâncias que separam uma galáxia de outra, mesmo que viajássemos por oitenta anos, tempo de uma vida humana longa, não conseguiríamos sequer sairmos de nossa galáxia, mesmo se viajássemos à velocidade da luz.
Não podemos dizer que é impossível uma viagem intergaláctica, mas a única maneira disso acontecer é através de uma viagem no tempo e no espaço. Acreditam alguns que os extraterrestres poderiam dominar esta técnica e, quando menos esperarmos, eles poderiam desembarcar no nosso planeta. Ora, se eles existissem mesmo, seria muito mais provável que eles nos encontrassem primeiro.
Só que tudo é suposição.
Embora os registros de UFOs datem de centenas de anos, jamais houve alguma conexão verdadeira. Ora, imagine um ser extremamente inteligente, que conseguiu viajar no tempo e no espaço, será que ele ficaria por anos fazendo desenhos nas plantações? Faria contatos especiais com apenas alguns seres humanos escolhidos aleatoriamente? Ficariam eles com seus discos voadores dando voltinhas pelo céu da Terra? Isso não parece razoável.
É claro que não seria um disco voador que permitiria uma viagem interestrelar, inútil pensar que poderia existir um equipamento adequado. Não é razoável pensarmos que qualquer objeto mecânico nos moldes terráqueos permitiria uma viagem interestrelar. Isso seria pressupor semelhanças entre humanos e seres alienígenas. Podemos projetar o que conhecemos naquilo que nos é desconhecido, só que isso não possui garantia nenhuma de estar correto.
O Et’s desafiam a existência de Deus e inviabilizam a Cristo.
No dia em que encontrarmos um extraterrestre que possua vida, em qualquer lugar do espaço, teremos abalada nossa fé em Deus, e necessariamente teremos de deixar de acreditar em Cristo. É que não há espaço para Deus ter criado outros mundos e tê-los deixado ao acaso, muito menos ao ponto de contatarem este planeta e buscarem estabelecer relação com os terráqueos pecadores.
Por outro lado, caso houvesse qualquer intensão ruim por parte destes ETs, tal como é retratado pelo cinema, qual a resistência que o ser humano poderia oferecer? Absolutamente nenhuma. Eles teriam um grau de desenvolvimento tão superior ao nosso que não poderíamos fazer nada para nos defender.
É preciso deixar bem claro, não dispomos de informações para afirmar a existência ou a inexistência de ET’s. No entanto, pela bíblia, não poderão fazer nenhum contato com a raça humana antes da redenção de Jesus Cristo, pois os outros mundos não pecaram e estão em perfeita harmonia com Deus.
Jesus Cristo nasceu neste mundo para salvar a raça humana do pecado, o plano de salvação é único para o nosso planeta. Dentro do plano de redenção descrito pela Bíblia Sagrada, existem advertências para as páginas finais do drama humano neste planeta:
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.Mateus 24:24
Devemos estar preparados para notícias sobre os ETs. Sim, poderemos em breve termos notícias assombrosas, que abalarão as estruturas dos crentes, isso foi predito pela Bíblia. Mas, não esqueçamos que devemos ter firmada nossa fé em Cristo, só que para isso não precisamos abrir mão do bom senso e nem ir contra o conhecimento científico.
Neste mundo existem manifestações sobrenaturais que apenas a ingenuidade cética pode negar. Contatos de ET’s poderão acontecer em breve, mas não se engane, não vieram de outros mundos, são espíritos do mal querendo enganar e ofuscar o papel de Jesus Cristo.
A existência de vida em outros planetas é uma possibilidade e uma probabilidade, mas apenas os humanos estão rebelados contra Deus, apenas o planeta Terra passa por um processo de degradação. A segunda vinda de Cristo ocorrerá apenas no planeta Terra, Ele não salvou alienígenas simplesmente porque eles não precisam ser salvos, entretanto, nós terráqueos precisamos.
O cristianismo recebeu o comando “Ide e pregai o evangelho”. Por isso, as religiões cristãs incentivam seus membros a atuarem de maneira “intencional”. Mesmo assim, não podemos esquecer que Jesus fazia o bem sem esperar nada em troca, nem mesmo esperava a conversão daqueles abençoados com os milagres.
Ora, num estado democrático todos possuem o direito de acreditarem no que bem entenderem, e o próprio Cristo conviveu com a indiferença. É devido por todos tolerância, traduzida em respeito, mesmo que isso, obviamente, não represente concordância.
O proselitismo religioso é a arte de tentar converter para uma religião, isso é muito positivo e é da essência do cristianismo. No entanto, o proselitismo exagerado pode atingir a tolerância religiosa.
Muitos têm ido à internet e atacado às demais religiões, isso quando não o fazem contra a sua própria, em um jogo de desconstrução e intolerância. A probabilidade de convencer os verdadeiros destinatários é quase inexistente. Na sua maioria, falam para os já convertidos, tentando demovê-los da sua fé. Entretanto, a única coisa que conseguirão será desencaminhar a muitos que não terão mais fé nenhuma.
Qualquer um que não pense como eu, passo a taxá-lo de herege. Essa prática é medieval e não pode ressurgir em nossos dias. Na Europa no início do século XVII, estava eclodindo a reforma protestante. Então o rei Ferdinando, um alemão convertido ao catolicismo, tentou frear a ascensão protestante mandando fechar igrejas luteranas. Os protestantes formaram a Liga evangélica, os católicos formam a União Católica. O resultado foi uma guerra por motivos políticos, mas com estopim religioso. Infelizmente, a Guerra dos Trinta Anos matou mais civis alemães do que as duas guerras mundiais do século XX.
O cristianismo é a religião da inclusão e não da exclusão. A tolerância é a marca de Jesus Cristo. Como alguém pode falar em seu nome e não demonstrar tolerância? Tolerância deve existir não para aquilo no que eu acredito, mas para aquilo no que não tenho fé. Infelizmente, muitos têm esquecido disso.
Os cristãos primitivos não podiam bater nas casas para tentar converter as pessoas. O cristianismo era clandestino, e o seu instituidor havia morrido numa cruz, sem falar que muitos de seus seguidores também foram martirizados. Se é verdade que o cristianismo se desenvolveu com base em conversões, isso decorria do exemplo de vida dos cristãos e de sua entrega pessoal.
Existem limites para o convencimento pela razão. O argumentar encontra limites. Ou seja, o cristianismo ensina que quem converte é o Espírito Santo. Então, quando o humano vê os seus limites, passa a agir o sobrenatural divino, tal como é próprio da religião.
Jesus é a única pessoa que diz ser quem realmente é. Apenas ele é oúnico que merece nossa confiança incondicional, nossa adoração integral. O caráter de Jesus é perfeito na bondade e no amor. Ele está totalmente comprometido com a verdade e a justiça, seu foco é total na salvação da raça humana.
O problema é que não nos cansamos de projetar expectativas no ser humano. Esquecemos que as pessoas podem ocultar seus verdadeiros planos. No meio do caminho muitos são seduzidos pelo poder, esquecendo as suas origens.
Infelizmente muitos que pregam sobre moral e bons costumes, acabam por ter uma vida velada em contradição com aquilo que professam publicamente. Um caso extraconjugal tornado público, o enriquecimento de alguns através da fé popular, são circunstâncias que podem desaminar a muitos.
Quando vem a público que um religioso acabou se envolvendo em situações imorais que tanto repudiou, o sentimento de frustração é inevitável. Na realidade, nossa confiança foi quebrada. Fomos odiosamente traídos por quem não esperávamos. Mas, apesar disso tudo, em quem mesmo está depositada sua fé?
Uma das maneiras de enxergarmos a Cristo é através dos cristãos. Não podemos incidir no mesmo erro de Mahatma Gandhi, que teria dito que não se tornara cristão por causa dos cristãos. Dentre as suposições para isso, é que ele teria sido impedido de assistir a um culto cristão, por puro preconceito racial.
A dificuldade é que preferimos olhar para o ser humano. Dessa forma, quando descobrimos que uma pessoa que se diz cristã, não é realmente quem diz ser, consideramos que Jesus falhou. Projetamos em Cristo uma culpa que não é dele. Porém, os cristãos não são o Cristo.
É importante lembrarmos que sequer uma igreja se confunde com Cristo. Uma igreja é um meio importante para chegarmos a Cristo, ela impede que andemos a sós, mas uma igreja não é o Cristo. Equivocadamente muitos agem em nome de Jesus para interesses próprios. A contradição fica evidente quando comparamos palavras e atitudes com aquilo que Cristo disse e fez. Ele agia de maneira desinteressada, sem esperar nada em troca. Perdoar e ajudar a levantar, nisso consiste o verdadeiro ministério de Cristo.
Apenas Jesus diz ser quem realmente é. Precisamos deixar de ter pessoas como referência, sejam elas quem quer que sejam. Nossa referência deve ser unicamente Jesus Cristo. Quanto mais nos aproximarmos de Cristo, mais retos de caráter e íntegros seremos. Apenas Jesus é perfeito. Se olharmos apenas para ele, nunca nos frustraremos.
Friedrich Nietzsche, disse que Deus estava morto. Dentre uma das mais celebres afirmações, sentenciou: “Para onde foi Deus, gritou ele, ‘já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos”. Ainda que seja num sentido figurado, num diálogo de seu personagem Zaratrusta, a afirmação constitui uma das maiores blasfêmias da história. Mas claro, que blasfêmia é um conceito que um ateu desconhece: “Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos”.
Assim como Darwin deu o embasamento científico para uma origem sem um criador, Nietzsche deu um embasamento filosófico para uma existência sem Deus. Em “Assim Falou Zaratustra” apresenta o surgimento de um “super-homem” liberto da moral cristã — um homem futuro e superior. Neste aspecto, se tirarmos mesmo Deus do cenário, é claro que o ser humano seria mesmo um super-homem.
É interessante o termo matar Deus, pois somente pode ser morto alguém que esteve vivo. Porém, o que Nietzsche não sabia é que mesmo que matasse Deus da vida das pessoas, se ele é Criador, continuaria existindo. Ou é verdade que Deus existe, que ele é um ser real, ou não precisa ser morto, pois não passa mesmo de fruto de nossas imaginações. Se Deus realmente está morto, não precisamos nos preocupar, o ser humano acabará por conseguir eliminá-lo de sua vida.
Talvez Nietzsche precisasse mesmo matar a Deus, pois ele era filho de um pastor luterano, estudou teologia e desde criança suas melhores notas sempre foram em religião. Tinha mesmo razão para insurgir-se contra a moral cristã, provavelmente tenha contraído sífilis muito cedo e aos quarenta e poucos anos já apresentava estado de demência. Ele morreria precocemente aos cinquenta e seis anos, com a amargura de não ter conquistado o amor de Lou Salomé, por quem se apaixonara sem ser correspondido.
No entanto, mesmo assim, o nome de Nietzsche é indelével, figurando, sem dúvida, dentre os grandes filósofos que o mundo já conheceu. É verdade que o sentimento dominante no limiar do século XX era de que o homem seguiria o seu caminho sozinho. Sim, seria possível viver sem Deus! Porém, o desenrolar da história revelaria que quanto mais o homem se afastava de Deus, mais individualista, frio e insensível se tornava.
Esse pensamento, em grande parte, permitiu que eclodissem o nazismo e o holocausto. Mesmo que hoje predomine o entendimento de que a concepção de Nietsche tenha sido distorcida, o fato é que as suas ideias foram utilizadas para justificar uma raça superior e dominante. Em seu plano de dominação, Hitler sempre buscou o super-homem apregoado por Nietzsche. O terceiro Reich tinha “Mein Kampf” como livro sagrado, sendo Hitler seu deus e Nietzsche o grande profeta.
As maiores atrocidades contra a humanidade foram cometidas depois da invenção da anestesia, do telefone e do avião, Exatamente quando o homem não era mais bruto e inculto. Foi depois de Nietzsche que a raça humana pode chegar aos mais altos insultos contra Deus. Na sequência, o próprio homem foi vítima de suas escolhas. Não que outros não tenham sido mais ostensivos, mas Nietzsche, como um grande gênio, foi bastante efetivo em sua missão.
No entanto, não é apenas porque se passaram cem anos das afirmações de Nietsche que ele tenha errado. O erro dele está no fato de que Deus existe e, por existir, não depende da adoração, crença ou aceitação humana. É o contrário, é o homem que necessita de Deus.
Contudo, não podem ser subestimadas as afirmações de Nietzsche, pois todos os valores cristãos estão em ruínas. Se Deus não mais ocupa nenhum espaço na vida do homem, poderia mesmo estar morto. O próprio Cristo quase dois mil anos antes já dissera: “porventura quando vier o filho do homem achará fé na terra?”. A cada um cabe a escolha, se colocará sua fé em um super-homem ou em um Deus criador.
A cada dia, infelizmente, aumenta o número de pessoas para as quais Deus deixou de existir. Para essas, Ele não está mais lá. Embora os ateus, em sua grande maioria, sejam ex-crentes, que se tornaram descrentes, começa agora a surgir uma geração que nunca rendeu qualquer devoção a Deus.
Não podemos ser ingênuos, existe um propósito todo orquestrado para estabelecer um futuro sem religião. Assim, o caminho do secularismo hoje está pavimentado e com várias vias. A incoerência é que todos possuem fé, ainda que neguem. Outros dizem possuir, mas agem como se Deus não existisse.
O paradoxo é que todos os homens, sem exceção alguma, exercem fé. Porém, não necessariamente em um ser divino. Então, o homem passa a confiar na sua força, no seu conhecimento, no seu dinheiro. Exercemos fé até mesmo para as coisas mais pequenas. Todos os dias quando saímos de nossa cama, acreditamos que as coisas darão certo. Em condições normais, ninguém sai de casa pensando que será demitido ou que baterá o carro.
Até os mais fortes, que se consideram acima dos demais, acabam por temer. Muhammad Ali, o maior campeão de box de todos os tempos, dizia ser difícil ser modesto, quando se é tão bom quanto ele. Contudo, no início de sua carreira, quase não foi disputar as olimpíadas da Grécia, tamanho era o seu medo de viajar de avião. Reza a lenda que a viagem apenas foi possível porque ele fez todo o percurso com um paraquedas em suas costas.
É que toda a a vez que ingressamos em um avião, acreditamos que o piloto está descansado, que está bem de saúde e que domina com bastante habilidade todos os recursos da aeronave. Também esperamos, com sinceridade, que ela tenha passado por todas as revisões. Ainda acreditamos, com muita devoção, que não sobrevirá nenhuma tempestade na rota de nosso voo.
Porém, o descrente não poderá mais contar com a divindade, pois para ele Deus já não existe. Esse jogo é de tudo ou nada, ou Deus existe e pode fazer algo pela minha existência, dar vida eterna e tudo mais, ou não existe e a morte eterna aguarda a todos.
Mas é preciso convir que a coerência do estilo de vida do ateu, está em não gastar tempo de sua vida preocupado em agradar a um Ser Superior. Por que ele faria isso se Deus não existe? Isso é mais coerente do que religiosos que dizem acreditar em Deus, mas que vivem de maneira incompatível com o que acreditam. Eles pregam sobre Cristo, que escolheu ser simples, mas desperdiçam suas vidas correndo atrás de riquezas.
Por causa do mal exemplo de alguns, muitos não conseguem estabelecer uma fé em Deus. Há algum tempo, visitei um amigo que viveu momentos muito difíceis em razão de uma grave doença. Ele disse-me que ficava consternado com minhas orações. No entanto, confessou que não conseguia desenvolver qualquer tipo de fé em Deus, o que, segundo ele, aumentava ainda mais a sua dor.
O descrente tomou a difícil decisão de andar sozinho, e Deus o respeita por isso. No entanto, a qualquer momento de sua caminhada, bastará estender a sua mão, pois Deus já estará com a mão estendida para recebê-lo.
Por outro lado, aqueles que já conseguem ver os benefícios de uma vida com Deus precisam viver de maneira coerente. É que para esses, Jesus Cristo disse: vós sois a luz do mundo!https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/5/13-16
A religião tradicional passa por uma crise, encontrando um difícil espaço para sua afirmação na modernidade. Se Deus não foi totalmente banido da vida do homem do século XXI, o percentual daqueles que não creem tem aumentado. Embora a maioria das pessoas ainda declare que acredita em Deus, acabam por não se engajar em nenhuma forma de religiosidade.
A questão é que hoje os crentes se equiparam aos incrédulos em suas ações, isso ao ponto de praticamente não existir diferença entre suas rotinas. O que os distingue é apenas uma tímida reserva mental quanto à existência de Deus. A imensa maioria das pessoas dizem que acreditam em Deus, mas vivem como se ele não existisse. A verdade é que esse sentimento velado, nem chega a ser fé, não passa de mero sentimento, ou receio, pois, afinal de contas, parece ser mais conveniente acreditar em Deus do que não acreditar.
A maioria, entretanto, acredita, apenas porque: Vá lá que Deus exista! Então, se em algum momento nos encontrarmos com um Deus criador, terá sido melhor mesmo acreditar. Assim, a postura dos declaradamente crentes não é condizente com sua afirmação, sendo que a indiferença com a qual vivemos, é o que está nos levando para uma secularização sem precedentes. O resultado disso é uma vida vazia e sem sentido.
No entanto, o homem nunca viverá sem Deus, simplesmente porque a existência de Deus não depende nem da crença e muito menos da devoção humana. Quando o homem entende que Deus tem promessas para o porvir, mas que sua atuação começa ainda nesta existência, nossa vida começam a ficar repleta de sentido, não havendo mais espaço para nenhum vazio existencial.
A ansiedade é uma característica biológica do indivíduo que antecede momentos de medo, perigo ou tensão. Tornando-se constante, pode vir a se tornar uma patologia, devendo ser tratada desde seus sintomas iniciais por um profissional da psiquiatria ou da psicologia.
Em um curioso momento, Jesus Cristo diagnosticou que seus discípulos estavam ansiosos. Por isso pediu que olhassem para as aves dos céus, para que vissem como voam e não se preocupam com nada. O que Ele reforçou é que elas não se preocupam com o dia seguinte.
A ansiosa solicitude relatada por Jesus, pode ser tida também como “ansioso cuidado da vida”. O que Ele quis dizer é que ninguém é capaz de tomar conta de si mesmo. A nossa ansiedade não vai resolver o nosso problema. Pelo contrário, além de não ajudar, vai até mesmo agravar mais ainda.
Olhar para o problema não trará solução, por isso Jesus mandou olharmos para as aves dos céus, pois elas não se preocupam com nada além do cuidado para com o próprio dia. Na verdade, o que Jesus quer dizer é que precisamos olhar para Ele, pois foi quem criou e quem sustenta as aves dos céus.
Muitas vezes também cometemos o mesmo erro dos discípulos e esquecemos ao lado de quem estamos andando. A nossa rotina com o seu estresse, acaba fazendo com que não enxerguemos o que mais importa nessa existência.
No início da minha faculdade, me deparei com um relato de Ricardo Semler um grande empresário brasileiro, autor do Best Seller “Virando a Própria Mesa”. No livro ele conta como o seu pai, Oscar Semler, construiu um império da indústria nacional, o grupo Semco. Por muitos anos seu pai trabalhou, sem parar aos finais de semana e sem sair de férias. Um dia sentiu-se mal e foi levado para o hospital. O diagnóstico foi de um câncer já avançado. Após alguns meses internado, obteve uma temporária melhora. Assim, tão logo foi possível, ele voltou a sua empresa. Lá foi recepcionado por um CEO ou algum funcionário do tipo. Então, ao lá chegar ele para e diz para aquela pessoa: – “Olha só, basta eu ficar um tempo fora e já mudam tudo por aqui, vejam só, fizeram este lago e colocaram estes cisnes aqui, e ainda esta ponte dando acesso ao edifício sede. Mas eu vou te dizer uma coisa, ficou muito bom, eu gostei, parabéns”. Aquele executivo, muito sem jeito, diz para o seu patrão: “Senhor Oscar, este lago, esta ponte, estes cisnes, tudo está do mesmo jeito desde quando eu trabalho por aqui, há mais de vinte anos”.
Precisamos olhar para as aves dos céus e lembrar que o mesmo criador delas foi o nosso também. Pensar pequeno nunca fez parte do plano de Deus. Passar por esta existência sem nunca ter visto as aves do céu e o cuidado de Deus para com elas, não é a melhor maneira de termos estado por aqui. O desafio é colocar Deus à frente, a partir daí, tudo será com ele.
Numa rotina de vida entre o trabalho e o lazer, o ser humano tem procurado viver intensamente. Cada vez mais, a praticidade do mundo moderno afasta as pessoas do divino e as aproxima do que antes era profano. O novo parar de preocupar-se e viver a vida, traz a ideia de que não existe nada além do que vemos, que conhecemos ou que podemos compreender.
O ser humano cada vez mais tenta libertar-se dos dogmas que as religiões trazem. Com isso, ele se considera mais autossuficiente. Ao retirar a condução de sua vida de um ser divino, as pessoas projetam em si mesmas o desígnio da sua existência.
Se alguma decisão será tomada, isso ocorrerá com base em seus sentimentos. Naquilo que pode ser medido, experimentado, ou provado. O sentimento atual é de que as amarras da religião escravizavam, tornando o ser humano refém de práticas e de vedações.
No entanto, a religiosidade não pode ser vista apenas pelo seu aspecto negativo, ou seja, do não. A releitura que deve ser feita diz respeito à razoabilidade, àquilo que a religião pode melhorar o crente. Assim, uma vez entendida a dependência humana do seu Criador, os motivos para uma vida de fé serão muito maiores do que aqueles que levariam a uma vida de descrença.
Porém, parar de preocupar-se e viver a vida de maneira intensa não resolverá tudo. Priorizar o momento atual em detrimento do futuro, dificilmente suprirá o vazio existencial. O homem sem fé passa a ficar refém de si mesmo. A partir do momento em que escolher viver sozinho, toda a pressão estará apenas sobre ele. O vivente precisará administrar não apenas as suas realizações, mas também aquilo que foge de seu poder.
A verdade é que, ainda que todas as condições materiais sejam alcançadas, nem por isso a vida será mais interessante. A prova é que o suicídio, embora presente em todas as camadas sociais, dentre os mais altos executivos é três vezes maior do que entre os trabalhadores da mais inferior posição social.
Parar de preocupar-se com Deus e viver a vida, não resolverá os problemas. Quanto mais nos tornamos céticos, menos próximos nos tornamos uns dos outros. Surgem, cada vez mais, as novas vítimas do individualismo, que pode levar a uma existência pautada pelo próprio umbigo, sem espaço para mais ninguém.
O erro disso é que Deus não pode ser visto como uma preocupação, deve ser entendido como fundamental para a mais completa realização humana. Por isso, a religião em pleno século XXI ainda encontra sentido. A fé não é destinada apenas a pessoas incultas. O fato de Deus, normalmente, não se utilizar de práticas sobrenaturais para ser reconhecido, não impede que Ele possa fazer a diferença em nossas vidas.
Estabelecer os parâmetros de uma religiosidade que efetivamente melhore a vida do crente e ajude-o a encontrar sentido para a sua vida, esse é o grande desafio da religião no nosso tempo.