O Terceiro e Último Despertar

Será que em algum momento da história, o cristianismo terá novamente a força vivida no pentecostes? Será que teremos novamente o poder de cristãos que se entregaram aos leões, mas não cederam aos romanos?

Um despertar religioso seria mesmo estrondosamente impactante neste momento da história. Aquilo que, em condições normais, poderia levar muito mais tempo, seria acelerado. Quando os crentes perceberem que as estruturas da fé foram silenciosamente minadas, que não falta mais nada acontecer, poderá haver o estopim.

Presentes todos os fatores do tempo do fim previstos pela Bíblia Sagrada, ninguém precisa ter dúvida, o reavivamento religioso será acompanhado de uma intolerância religiosa mais ostensiva. Por isso, quando os cristãos acordarem, poderemos ter um movimento de oposição como nunca antes visto.

No entanto, falar em perseguição religiosa, pode ser contraditório, ainda mais num momento em que existe todo um discurso contra qualquer discriminação. Contudo, um olhar atento fará perceber, até com relativa facilidade, que não existe nenhuma empolgação na defesa da não-discriminação religiosa. Hoje, a liberdade para que as pessoas possam expor as suas ideias, já é muito menor do que no passado recente. E essa será a maior surpresa para os cristãos, pois o seu inimigo é muito ardiloso.

Ao longo da história do protestantismo foram notados alguns períodos de despertamento religioso. O primeiro grande reavivamento, foi protagonizado por Jonathan Edwards (1703-1758) e George Whitefield. Este último, amigo de John Wesley, saiu da Europa para pregar nos Estados Unidos. A história registra que em 1738 ocorreram dias de um grande despertamento religioso.

O segundo grande despertar, foi um movimento iniciado por William Miller, que acreditava que Jesus Cristo voltaria em 1844. Obviamente, hoje sabemos que Jesus não voltou, mas toda a América do Norte foi grandemente impactada pelo reavivamento religioso.

Segundo Richard Schwarz, a marca daquele grupo foi um ministério leigo, sem o pertencimento a nenhuma igreja dentre as existentes. Cada crente passou a estabelecer uma conexão pessoal com Deus, focando apenas na volta de Jesus. Isso também vale para o primeiro reavivamento, que era leigo e não pertencente a nenhuma denominação religiosa.

Assim, ao analisarmos os últimos dois grandes reavivamentos espirituais, podemos conjecturar, respaldados pela história, que um despertar religioso encontra natural oposição no seio da própria comunidade cristã. Mas, algumas pessoas precisaram tomar a frente, pois disso resultou um grande impacto em todo o meio evangélico-protestante.

O Terceiro e Último Reavivamento

O Instituto Pew Research, em uma pesquisa sobre a fé na segunda vinda de Cristo, constatou que mais de 80% dos norte-americanos não acreditam que Jesus Cristo retornará à Terra até o ano de 2050. https://www.pewresearch.org/fact-tank/2010/07/14/jesus-christs-return-to-earth/ No Brasil, apesar de não termos a mesma pesquisa, acreditamos que o resultado não seria diferente. 

Entretanto, no Terceiro e Último Grande Despertar Religioso, o ponto de coesão não parece que será qualquer fato político ou da natureza, mas sim, a fé de estar-se vivendo os acontecimentos finais.

Isso é o que dará coesão ao grupo que se levantará. No entanto, a dificuldade será saber quando um fato de grande repercussão não está no curso normal das coisas, mas sim, no contexto do fim propriamente dito. Porém, aqueles que estiverem conectados e vigilantes, saberão.

Neste mundo já tivemos pestes e pandemias que devastaram a população do planeta. Já foram verificadas manifestações da natureza como terremotos e tsunamis de proporções assombrosas. O homem viu eclodir guerras mundiais, e até mesmo campos de extermínio já foram instalados neste triste mundo. A moral da sociedade mudou de forma radical, em especial, após a revolução sexual de Woodstock. A ciência alcançou patamares inimagináveis, o homem chegou à Lua, e radares já esquadrinharam o Universo em distâncias de milhões de anos-luz. No entanto, aparentemente, todos aqueles eventos possuíam um potencial apocalíptico, mas nenhum deles foi capaz de provocar qualquer despertamento dos cristãos.

Mas, se tudo que a humanidade já viu acontecer não foi suficiente para um despertar, pode parecer que nada levará os cristãos à conclusão de que é chegada a hora. Contudo, a grande surpresa ficará por conta de que o último grupo de cristãos resgatará a ênfase na pregação da volta de Jesus Cristo, ainda que sofram intensa pressão para pararem de pregar.

Porém, nada acontecerá até que o evangelho rompa a barreia da racionalidade. Parece que será necessário viver o escândalo da loucura descrito na bíblia. No limiar dos últimos acontecimentos, não haverá outro caminho, senão deixar o nosso natural racionalismo de lado. Mais do que nunca, precisamos de um movimento fervoroso, ou melhor, irritantemente fervoroso e coeso. Por isso, as estruturas do inferno serão abaladas.

A certeza de estarmos nos últimos dias deste mundo, dará força e significado a esse grupo que fará sua voz ser ouvida. A partir do século XXI ninguém mais precisa de diagnósticos, hoje o que o mundo cristão precisa é de cura, por isso, não precisamos de novos movimentos religiosos, além daqueles que já temos.

A verdade é que não estaremos nos eventos finais, enquanto a pregação da volta de Jesus não volte a ocupar o centro do cristianismo. No entanto, precisamos de um reavivamento ainda maior do que o visto nos anteriores despertamentos. Por isso, os religiosos agora devem estar preparados para este cenário de guerra que está posto, e nisso todos os crentes devem encontrar e fortalecer sua fé.

Os cristãos que acreditam que estamos nos últimos tempos, precisam unir-se nesta pregação. Ainda que isso possa parecer estranho, pois a marca do protestantismo sempre foi a desunião, mas Cristo pode ter reservado alguma união para o tempo do fim. Oremos.

Texto extraído do livro Olhai a Figueira – Um Panorama do Mundo Atual de Alexsandro Leopoldo

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