Ir a igreja já foi o melhor entretenimento do ser humano. Era o momento máximo da semana. Colocar a melhor roupa, rever os amigos, ouvir palavras de fé e esperança. O homem até o século passado tinha uma vida bastante previsível, pois a maior parte de sua existência ocorria em um raio de 16 km². Mas, ir até a igreja era mesmo o melhor momento de toda a semana.
Quem pensa que a igreja é apenas um lugar de adoração, certamente não conseguiu perceber os benefícios ao adorador. Só que desde a chegada da tecnologia, o espaço físico e espiritual da igreja, perdeu sentido, acabando por perder a graça.
Acontece que hoje, o que traz prazer é exatamente aquilo que é feito sem obrigação. A igreja deixou de ser prazerosa, porque passou a ser inserida dentro daquilo que é visto apenas como uma obrigação. Nem é preciso dizer que vivemos dias que caminham para uma secularização sem precedentes.
Mas a onda não se restringe a igreja. Até mesmo o trabalho também deixou de ser prazeroso. Na maior parte dos casos, se tornou algo visto como muito maçante. Por isso, o homem não possui mais prazer em trabalhar, e apenas o entretenimento pode dar-lhe prazer.
O entretenimento passou a decorrer unicamente da ausência de pensamento. Apenas iremos relaxar e aproveitar, quando não estamos pensando em absolutamente nada. O problema é que, se não pensamos enquanto nos “divertimos”, alguém esteve pensando cada conceito que será transmitido. No entanto, infelizmente, o que é repassado enquanto nos “divertimos” não se assemelha ao que era transmitido pelas igrejas em seus cultos.
Os valores transmitidos hoje não levam mais o ser humano ao altruísmo, ao amor ao próximo ou à obediência a um Ser Superior que, por ser bondoso, sempre desejará o melhor para o homem por Ele criado.
Para a diversão tudo é possível, se tiver que blasfermar, vai valer a pena! Se for necessário ofender, por que não? Se for necessário desconstruir uma imagem, que assim seja! O que importa é que a maioria veja nisso graça.
O problema é que antes do cristianismo, as pessoas viam graça em “sessões” onde seus semelhantes eram devorados aos pedaços por leões. Então, hoje você se pergunta – onde estaria a graça nisso? A resposta é bem simples: na ausência de pensamento.