Pare de preocupar-se e viva a vida!

Numa rotina de vida entre o trabalho e o lazer, o ser humano tem procurado viver intensamente. Cada vez mais, a praticidade do mundo moderno afasta as pessoas do divino e as aproxima do que antes era profano. O novo parar de preocupar-se e viver a vida, traz a ideia de que não existe nada além do que vemos, que conhecemos ou que podemos compreender.

O ser humano cada vez mais tenta libertar-se dos dogmas que as religiões trazem. Com isso, ele se considera mais autossuficiente. Ao retirar a condução de sua vida de um ser divino, as pessoas projetam em si mesmas o desígnio da sua existência.

Se alguma decisão será tomada, isso ocorrerá com base em seus sentimentos. Naquilo que pode ser medido, experimentado, ou provado. O sentimento atual é de que as amarras da religião escravizavam, tornando o ser humano refém de práticas e de vedações.

No entanto, a religiosidade não pode ser vista apenas pelo seu aspecto negativo, ou seja, do não. A releitura que deve ser feita diz respeito à razoabilidade, àquilo que a religião pode melhorar o crente. Assim, uma vez entendida a dependência humana do seu Criador, os motivos para uma vida de fé serão muito maiores do que aqueles que levariam a uma vida de descrença.

Porém, parar de preocupar-se e viver a vida de maneira intensa não resolverá tudo. Priorizar o momento atual em detrimento do futuro, dificilmente suprirá o vazio existencial. O homem sem fé passa a ficar refém de si mesmo. A partir do momento em que escolher viver sozinho, toda a pressão estará apenas sobre ele. O vivente precisará administrar não apenas as suas realizações, mas também aquilo que foge de seu poder.

A verdade é que, ainda que todas as condições materiais sejam alcançadas, nem por isso a vida será mais interessante. A prova é que o suicídio, embora presente em todas as camadas sociais, dentre os mais altos executivos é três vezes maior do que entre os trabalhadores da mais inferior posição social.

Parar de preocupar-se com Deus e viver a vida, não resolverá os problemas. Quanto mais nos tornamos céticos, menos próximos nos tornamos uns dos outros. Surgem, cada vez mais, as novas vítimas do individualismo, que pode levar a uma existência pautada pelo próprio umbigo, sem espaço para mais ninguém.

O erro disso é que Deus não pode ser visto como uma preocupação, deve ser entendido como fundamental para a mais completa realização humana. Por isso, a religião em pleno século XXI ainda encontra sentido. A fé não é destinada apenas a pessoas incultas. O fato de Deus, normalmente, não se utilizar de práticas sobrenaturais para ser reconhecido, não impede que Ele possa fazer a diferença em nossas vidas.

Estabelecer os parâmetros de uma religiosidade que efetivamente melhore a vida do crente e ajude-o a encontrar sentido para a sua vida, esse é o grande desafio da religião no nosso tempo.

Publicado por Crentes Pensantes

Trabalhamos para que crentes possam pensar e céticos possam acreditar. A fé em Deus é uma postura razoável e, por isso, quanto mais pensarmos, mais crentes seremos. Defendemos a liberdade como uma dávida, pois o cristianismo combina com pessoas livres. A Bíblia Sagrada como a palavra de Deus revelada é o nosso parâmetro de fé e crença.

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